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Artigos 10/11/2021

O fortalecimento da cultura prevencionista

*Texto produzido pelo Fátima Saúde

 

 

O crescimento industrial, o desenvolvimento tecnológico, o atendimento às constantes mudanças nos ambientes organizacionais e o cenário econômico mais competitivo e globalizado contribuíram para um engrandecimento social por meio da geração de novos empregos e da disponibilização de novos bens de consumo.

Por outro lado, esses aspectos favoreceram também a ampliação de unidades industriais mais complexas, em grandes dimensões e com riscos e perigos maiores, facilitando ainda mais os acidentes de trabalho e as doenças ocupacionais. Sofrimentos inestimáveis, prejuízos às pessoas e ônus para as organizações são os negativos resultados alcançados devido a uma sucessão de fatores, mas, principalmente, a legislações defasadas e à inexistência de uma interface entre a segurança do trabalho e uma cultura prevencionista dentro das organizações.

Assimilar o que está na base dos comportamentos seguros, detalhando conceitos, ideias, essências e perspectivas relacionadas à cultura prevencionista é o desafio de toda organização. Desafio de educar e conscientizar as pessoas e até mesmo a própria organização para uma cultura de segurança, uma vez que a prevenção está associada diretamente ao comportamento das pessoas, nas suas formas de pensar, sentir, agir, nas suas crenças e nos seus valores.

E na falta da cultura prevencionista, muitas vezes por causa da rotina diária que exige ‘produzir resultados’, alguns comportamentos inseguros por parte dos trabalhadores acabam sendo cometidos. É tão ‘normal’ cometer deslizes, que tantas vezes nem um plano de ação fundamentado na conscientização estabelecida por meio de programas de prevenção, como o próprio PPRA (Programa de Prevenção de Riscos Ambientais), por exemplo, os treinamentos, a disciplina e as cobranças fazem com que a organização e os trabalhadores se tornem comprometidos com a prevenção e interiorizem a relevância do tema.

Mas os programas estão mudando. As muitas atualizações nas Normas Regulamentadoras (NR’s) fazem parte de um processo de modernização da legislação trabalhista brasileira que já está acontecendo.

Uma das principais alterações é a nova redação da NR 01 - Disposições Gerais e Gerenciamento de Riscos Ocupacionais, que tem um papel de desburocratizar processos e privilegiar sua implementação. A princípio, ela entrará em vigor em janeiro de 2022 (será?!), introduzindo no seu contexto o conceito do PGR (Programa de Gerenciamento de Riscos), conhecido e defendido por profissionais da área de Saúde e Segurança do Trabalho (SST), e que representa uma mudança de paradigma na gestão da SST nas organizações, com o fim do PPRA.

O PGR, além de ser composto pelo inventário de riscos e pelo plano de ação, que são documentos obrigatórios do programa, tem também o importante papel de sensibilizar as pessoas e a organização para uma cultura prevencionista mais forte, já que é baseado na metodologia do ciclo PDCA (Planejar-Fazer-Checar-Agir) – mas, lógico, tudo isso levando em conta o conceito de que a cultura prevencionista é fortalecida pela cultura organizacional, que é a grande influenciadora da ocorrência de comportamentos saudáveis e seguros por parte de seus integrantes. E essa cultura prevencionista tem a ver com a vida.

 

27/11 – Dia do Técnico de Segurança do Trabalho e do Engenheiro de Segurança do Trabalho 

Nossa admiração e respeito por todos os profissionais que zelam pela segurança e pela saúde das pessoas nos seus ambientes de trabalho. Parabéns pelo dia, parabéns pela causa. E essa causa também é nossa! 

Equipe Medicina Ocupacional do Fátima Saúde. 

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