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Artigos 21/06/2021

A reinvenção dos sindicatos

Autor: Paulo Spanholi, presidente do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Caxias do Sul e Região (SIMECS)

Diante dos desafios da transformação digital, do mundo do trabalho e da exigência global por alto desempenho, há uma nova e desafiadora missão para os sindicatos patronais: identificar e estimular a solução de problemas dos segmentos em que atuam, ajudando a promover a competitividade de seus associados e dos setores em que estão envolvidos.

Para aquelas entidades dispostas a modernizarem o seu escopo, com a atenção às demandas de mercado e de seus associados, já não basta a representatividade política e institucional. É preciso atuar no dia a dia com uma gestão mais próxima do mundo corporativo.

Trago essa reflexão em razão da experiência vivenciada no Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Caxias do Sul e Região (SIMECS), no qual isso já virou realidade. As funções sindicais seguem como core, mas agora também existe a incorporação de projetos e convênios que buscam apoiar e alavancar a atuação do associado nos mais diversos temas e com foco em ampliar a competitividade do setor.

O nosso foco é desenvolvimento e inovação, dois temas diretamente ligados, estratégicos e fundamentais para o setor que vive as transformações da chamada indústria 4.0. O projeto Lean à indústria 4.0 é uma dessas iniciativas. Foi criado para inserir as indústrias no processo de transformação digital, smart manufacturing e cultura da inovação. É um exemplo da revolução na dinâmica de atuação, com reflexo, inclusive, no desenvolvimento da região.

O Brasil é o país com o maior número de sindicatos do mundo e é importante que eles contribuam para o desenvolvimento do país. De acordo com o Ministério do Trabalho e Emprego, são mais de 17 mil, incluindo trabalhadores e empregadores, o que representa mais de 90% de todos os sindicatos do mundo. Os sindicatos patronais representam 30% desse universo.

Trazer conhecimento para os associados também é uma tendência que precisa ser premissa básica na vida dos sindicatos. As relações com as entidades, de uma forma geral, passaram por muitas mudanças e agregar valor para o associado é essencial para se manter relevante nesse novo cenário.

Costumo dizer que apoiar o aprimoramento na gestão e profissionalização ou instigar o desenvolvimento de novos temas, como a inovação ou a internacionalização de empresas, processos muito comuns dentro do universo corporativo, são valiosas práticas para o estímulo da competitividade dos setores e, consequentemente, para a reinvenção das entidades.   

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